O governo anunciou novas regras para o uso do rotativo do cartão de crédito. A mudança deve trazer alívio ao consumidor que costuma pagar apenas o valor mínimo da fatura e acaba entrando na “bola de neve” dos juros (que hoje passam de 15% ao mês, ou 450% ao ano).
A partir de 3 de abril, o rotativo só poderá ser usado por, no máximo, 30 dias. Depois desse prazo, ou o cliente quita a fatura vencida acrescida dos juros do rotativo, ou o banco terá que oferecer uma alternativa, que pode ser o parcelamento da dívida. Hoje, não há limite de tempo para uso dessa linha de crédito. A expectativa do governo é que o custo do cartão de crédito caia pela metade com a mudança.
Veja abaixo cinco dicas para tirar vantagem da mudança.
1) Pague 100% da fatura. Essa continua sendo a melhor opção para evitar pagar juros.
2) Não aceita a primeira oferta.
Cada banco pode definir quais alternativas vai oferecer ao cliente. O Banco Central não definiu nenhuma regra quanto a taxas de juros ou número de prestações. A princípio, os juros (8% ao mês,150% ao ano) serão menores do que no rotativo (15% ao mês, 450% ao ano). Pesquisar outras opções de empréstimo dentro do próprio banco e também em outras instituições será uma boa alternativa.
3) Empréstimo pessoal. Para pagar a dívida do cartão de crédito o empréstimo pode sair mais barato do que parcelar essa dívida do cartão com o banco.
No caso de uma dívida de R$ 1.000 no cartão de crédito: Regra atual o rotativo, após 1 ano o cliente pagará R$ 2.213,76 no total;
Nova regra, se ficar 1 mês no rotativo e parcelar a dívida em 11 vezes, pagará R$ 1.771,99 no total;
Se fizer um empréstimo pessoal para cobrir a dívida do cartão, pagará R$ 1.381,56 no total.
Nesse caso, com a nova regra o consumidor deixa de pagar R$ 441,77 em juros. Porém, se optar pelo empréstimo pessoal para quitar a fatura do cartão em dia, deixará de pagar R$ 832,20 em juros.
4) Cuidado ao voltar a usar o cartão
A nova regra não definiu como fica o limite de gastos no cartão após o prazo de 30 dias no rotativo. O consumidor tem seu limite de crédito reduzido até quitar a dívida? “Não há uma regra. Ficará a critério de cada banco.