Associação comemora aprovação no Senado de vaquejada como cultura

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A Associação Brasileira de Vaquejadas comemorou nesta terça-feira (1º) a aprovação no Senado do projeto que reconhece a vaquejada como manifestação cultural. “A Câmara e o Senado deram importantes avanços no sentido de reconhecer a vaquejada como o que ela realmente é, uma manifestação da nossa cultura”, afirmou o presidente da associação, Marcos Lima.

O plenário do Senado aprovou o projeto na tarde de terça-feira. Como o texto já foi aprovado também pela Câmara, segue agora para sanção do presidente da República, Michel Temer.

Na vaquejada, um boi é solto em uma pista e dois vaqueiros, montados em cavalos, tentam derrubar o animal pelo rabo. O Ministério Público Federal no Ceará entende que a prática é tortura e maus-tratos aos animais. Marcos Lima discorda.

“Não existe tortura. O cavalo de vaqueiro tem o maior acompanhamento veterinário e nutricional que um animal pode ter. O boi que parte numa vaquejada é preparado para ter essas condições, mesmo no período de seca ele é bem alimentado para estar numa corrida de vaquejada. Sem a vaquejada, não haverá interesse em manter gastos para dar as melhores alimentações para esse animal”, argumenta.

Decisão do Supremo
Apesar da aprovação no Senado, no mês passado, Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada. Por 6 votos a 5, os ministros consideraram que a atividade impõe sofrimento aos animais e, portanto, fere princípios constitucionais de preservação do meio ambiente.

Mesmo com a decisão do Senado desta terça, prevalecerá o entendimento da Suprema Corte. A proposta aprovada pelos parlamentares não regulamenta a prática, com parâmetros e regras.

Na semana passada, a Justiça cancelou uma vaquejada que seria realizada em Solonópole, no interior do Ceará. Apesar da suspensão e da decisão do supremo, Marcos Lima diz que as vaquejadas seguem sendo realizadas.

“Já temos vaquejadas maiores que as de Solonópole sendo realizadas em outros estados, como Pernambuco, Alagoas. O acórdão do STF ainda não foi publicado e quando for, vamos recorrer da decisão”, diz o vice-presidente da Associação Brasileira de Vaquejadas.

Do G1 CE via CRN

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