Empasse de pagamento de propina de r$ 300 mil foi cruscial para investigações

Valor cobrado pelo ex-secretário e pelo ex-prefeito de Caicó ao cartel deixou chefões indignados; diz investigação do MP

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Segundo aponta as Investigações sobre o desvio de r$ 1.138.970 na suposta prestação de serviço de iluminação pública de Caicó, houve um impasse no pagamento de r$ 300 mil exigidos pelo ex-secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos, Jorge Araújo e do ex-prefeito Roberto Germano.

O esquema de corrupção desmoronou a partir de várias provas como é o caso de diálogos captados durante as investigações. As investigações do Ministério Público Estadual apontam que durante o esquema criminoso ocorreu crimes de: Fraude de Licitação Pública; Peculato; Superfaturamento; Lavagem de Dinheiro; dentre outros.

Durante conversas entre o cartel e o secretário Sérgio Araújo em dezembro de 2016, o então secretário pede o pagamento do valor de $ 300 mil que seria para ele e para o prefeito Roberto Germano. Já o Cartel exige que para o pagamento na propina ser feito seria necessário primeiro o pagamento do valor dos supostos serviços de iluminação pública prestados a Prefeitura de Caicó fixados em contratos com as empresas REAL ENERGY e LANÇAR, advindos do Pregão nº 030/2016.

Durante outra conversa os empresários do cartel, Felipe Gonçalves e João Paulo, chegaram a se indignar pelo valor exigido (300 mil) que estava acima do valor cobrado por outras cidades, como foi o caso até mesmo da capital do Estado, Natal.

Devido a essa pressão na gestão do ex-prefeito Roberto Germano no final do seu mandato, no ano de 2016, e por ele ter perdido as eleições, a organização criminosa resolveu não pagar a propina chegando a fazer ameaças e iniciou os contatos com o novo secretário da pasta da festão atual o Abdon Augusto Maynard Junior, preso durante a operação.

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