A Polícia Federal poderá rastrear ligações, mensagens e contatos feitos por ADELIO BISPO DE OLIVEIRA antes de esfaquear o candidato do PSL à Presidência da República, JAIR BOLSONARO, durante campanha em Juiz de Fora na última quinta-feira (6).
A autorização da quebra do sigilo telefônico do agressor foi dada neste sábado (8) pela juíza PATRÍCIA ALENCAR TEIXEIRA DE CARVALHO, da 2ª Vara Federal de Juiz de Fora. Ontem, a juíza converteu a prisão em flagrante de Oliveira em prisão preventiva, sem prazo determinado.
Oliveira já está preso em um presídio federal na cidade de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Ele foi transferido hoje pela Polícia Federal. Para a Patrícia de Carvalho, solto, ele representa risco à sociedade e à ordem pública.
A defesa de Oliveira, composta por 4 advogados, afirma que ele agiu sozinho e motivado pelo “discurso de ódio” de Bolsonaro.
Morador de Montes Claros (MG), a quase 700 km de Juiz de Fora, Oliveira estava há duas semanas em uma pensão no centro da cidade onde atacou Bolsonaro. Pagou R$ 400 à vista e em dinheiro, segundo o dono do local, por um mês de estadia. Quando Oliveira chegou em Juiz de Fora, já circulava entre apoiadores de Bolsonaro a notícia de que o candidato visitaria a cidade em setembro.
Estado de saúde de Jair Bolsonaro
Neste sábado, Bolsonaro caminhou pela primeira vez, por cinco minutos, após o ataque, informaram médicos do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Segundo o boletim médico divulgado pouco depois das 18h, Bolsonaro “passou um pequeno período do dia sentado na poltrona (30 minutos), além de caminhar no quarto auxiliado por fisioterapeuta, enfermeira e médico por 5 minutos“.
Ainda de acordo com o boletim, o candidato não tem sinais de infecção, uma das principais preocupações de seu tratamento após as lesões que sofreu no intestino grosso, no intestino delgado e em uma artéria.
O presidenciavel está internado no Hospital Albert Einstein desde a manhã de sexta (6), depois de ter sido transferido da Santa Casa de Juiz de Fora, onde passou por cirurgia de emergência logo após o atentado. O candidato pode ter que ficar de repouso durante um mês, o que o tiraria de atividades de campanha até o fim do primeiro turno das eleições, em 7 de outubro.
Prosseguimento na campanha
Vice na chapa de Bolsonaro, o general da reserva HAMILTON MOURÃO (PRTB) descartou substituir o presidenciável em compromissos previamente agendados. Segundo Mourão, a campanha deve prosseguir por meio de vídeos gravados por Bolsonaro e divulgados nas redes sociais.
O ataque contra Bolsonaro fez a Polícia Federal elevar o “nível de alerta” em relação à campanha presidencial e aumentar o número de agentes que fazem a segurança dos políticos.
Por Agência Brasil via Caicó na Rota da Notícia