Jornalista foi indiciada pelo crime de discriminação contra pessoa com deficiência, que prevê pena de dois a cinco anos de reclusão e multa.

O inquérito segue ainda hoje para a Central de Inquéritos do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O delegado ressaltou que, apesar de a defesa alegar que Julia sofre de depressão, não cabe à polícia avaliar seu estado de saúde e que caberá ao juiz julgar essa questão e determinar, se achar necessário, uma medida alternativa. O delegado tomou como base as declarações feitas pela blogueira em comentários na rede social Facebook.

Na segunda-feira passada, a blogueira Julia Salgueiro, prestou depoimento, acompanhada pela mãe e por um advogado. A jornalista disse estar arrependida dos comentários feitos na rede social e apresentou documentos comprovando que estaria em tratamento para uma depressão há cerca de seis meses. Foi a primeira vez que a blogueira, processada por injúria qualificada, falou em arrependimento desde que o caso viralizou. Na ocasião, o delegado adiantou que perdia a prisão preventiva de Julia após o encerramento do inquérito.

Blogueira Julia Salgueiro após prestar depoimento na Delegacia de Casa Amarela, no Recife (Foto: Reprodução/TV Globo)
Blogueira Julia Salgueiro após prestar depoimento na Delegacia de Casa Amarela, no Recife (Foto: Reprodução/TV Globo)

Entenda o caso

Na semana em que se comemorou o Dia Internacional da Síndrome de Down, a família de um bebê de 11 meses prestou queixa contra a jornalista e blogueira de moda recifense Júlia Salgueiro por causa de comentários preconceituosos feitos por ela sobre uma foto da criança postada no Facebook.

A foto foi tirada durante evento voltado para crianças com Down e postada pela tia do menino, a jornalista Juliana Preto, na última terça-feira. A blogueira comparou as crianças a filhotes de cachorro e classificou o sexo praticado por pessoas com a síndrome como “nojento”. A queixa foi prestada pela mãe da criança, a advogada Maria Cláudia Albuquerque, 28, e o pai, o empresário Heitor Durval, 25.

Por Diario de Pernambuco via CRN

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