“Foram 15 minutos de sofrimento e medo”, relata o PM solano.

Quando paramos a viatura, saiu um homem e duas mulheres do carro, sendo que uma delas estava com menino nos braços pedindo socorro. Ela chegou e disse “Faça alguma coisa, faça alguma coisa, ele se afogou“.

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O soldado da Polícia Militar Dante Solano de Oliveira, da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) de Mossoró, foi responsável por um ato heroico no último sábado (5), na praia de Tibau, Rio Grande do Norte.

O soldado salvou a vida do menino Felipe, de 3 anos, de afogamento numa piscina. O Portal Em cima do Fato entrou em contato com o mesmo que nos concedeu uma entrevista contando como foi toda ação.

Entrevista
Como foi que vocês chegaram a essa ocorrência?

– Estávamos em patrulhamento pela praia das Emanuelas, quando um carro saiu bruscamente de uma rua pegando a principal, quando avistaram a viatura e começaram da com as mãos chamando a nossa guarnição.

Quando paramos a viatura, saiu um homem e duas mulheres do carro, sendo que uma delas estava com menino nos braços pedindo socorro. Ela chegou e disse “Faça alguma coisa, faça alguma coisa, ele se afogou“.

Ai eu peguei a criança, e fiquei com a responsabilidade de salvar aquela vida.

Qual o seu preparo sobre esse assunto?

– Eu já fiz alguns cursos de atendimento pré hospitalar, pratico mergulho e fiz um curso de MTTP recentemente no quartel, e foi muito importante e deu muito suporte para mim na ocorrência.

Como foi os procedimentos assim que você pegou a criança?

– Eu peguei a criança e coloquei no banco de trás do carro, e comecei a olhar os sinais vitais, os batimentos que não tinha, a respiração, que também não tinha, as pontas dos dedos tudo roxo, as extremidades do corpo estava tudo roxo. Aí comecei a fazer as massagens cardíacas e depois as ventilações, fiz a primeira e não deu certo, fiz a segunda e não deu certo, fazia a massagem e depois a ventilação, fiz umas quatro vezes esse procedimento e não deu certo, aí na quinta vez foi que ele vomitou.

“Eu já estava desesperado quando não via ele reagindo, aí eu apelei logo pra Deus. Meu Deus do céu, salve essa criança, não deixe ele morrer.”

Aí comecei a fazer as massagens novamente. Foram entorno de 15 minutos de lá até o hospital. Nesse período, ele voltava, e depois parava de novo, ele não conseguia continuar respirando, ele dava um respiro forte e depois parava, eu pensava que ele estava piorando, então foram 15 minutos de sofrimento, e medo até o hospital.

“A parte que eu mas lembro, é a parte do nariz, quando eu tentava fazer pela extensão da coluna, o nariz dele era muito pequenininho, e quando eu levantava o narizinho dele, escorregava, então eu tive que arrochar com a mão e levantar a bochecha dele” disse o PM emocionado.

A trajetória do local para o hospital?

– A viatura foi abrindo o caminho, e eu fui no carro da família fazendo os procedimentos, foram eternos 15 minutos. Quando chegamos no hospital, ele já estava respirando, e tava pegando cor, aí eu peguei ele pelos braços e coloquei na maca, o médico já estava lá, quando eu coloquei ele na maca, ele já tava com os olhinhos aberto, mas ainda muito ruim, mas quando eu vi o sangue no rosto dele, vi que já estava ficando corado, aí já foi uma felicidade maior do mundo, já sair de lá chorando. encerrou o PM

Reconhecimento da Polícia Militar

Fiquei feliz quando o coronel da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Angelo, ligou pra mim, me dando os parabéns, e informando que no dia 30 de setembro, prestará uma significativa homenagem em Mossoró-RN.

Ato Heroico

Na Polícia Militar tem um procedimento chamado promoção por bravura, exatamente quando se tem um ato heroico ou algo desse tipo.

Promoção por bravura

É aquela que resulta de ato ou atos não comuns de coragem e audácia, que, ultrapassando os limites normais do cumprimento de dever, representem feitos indispensáveis ou úteis às operações militares, pelos resultados alcançados ou pelo exemplo positivo deles emanado.

Por NoFocodaNoticiaSempre via Caicó na Rota da Notícia

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